Lembro bem da primeira vez que fui ao Pacaembu, levado pela mão pelo meu pai. Seu Carlito, de quem herdei o amor pelo timão, gostava de chegar cedo ao estádio. Entrava com o estádio ainda vazio.
Na São Paulo do começo dos anos 70 a periferia ainda não tinha muitos edifícios. E o Paca era a maior construção que já havia visto até então. Fiquei impressionado com seu tamanho, as colunas, os portões gigantescos.
A Fiel ia chegando aos poucos (ou aos muitos, no caso). Eram outros tempos, a maioria chegava com grandes bandeiras nas mãos. O segundo grande impacto naquele dia foi o velho Pacaembu já lotado, esperando o time entrar em campo.
A sensação para um garoto de pouco mais de seis anos foi indescritível. Depois disso, nunca mais deixei de ir ao Pacaembu. Em alguns dias o estádio ficava nervoso, triste mesmo. Mas na maioria das vezes saia de lá com um imenso sorriso do rosto, com orgulho de vestir a camisa do Timão.
O Pacaembu deixa saudades, como deixou o ‘véio’ Carlito. Mas eles vão estar sempre lá, e para sempre em nossos corações.